Palavras que carinhosamente se reproduzem na alma e
depois repousam, sossegadas na minha mente.
Sobre etéreas pétalas de flores adormecem perfumadas ...
amadurecem e vestem-se de cores divertidas.
E pela minha mão nascem... só para ti.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Para cima..



E
as
portas
do céu se
abriram, quando
Tu me estendeste a mão,
tão firme e poderosa, no entanto,
tão doce e terna.
Não sei o que aconteceu. A vida me
distraiu, algo bem menos
importante, mas o
momento
passou
e eu?
Eu perdi aquele instante.
E a vida foi correndo, bem,
menos mal, bem, depressa,
bem depressa.
E eu fui esquecendo, adiando olhar para o céu.
Se cá em baixo tudo eram rosas,
porquê olhar para cima?
E a vida ia correndo.
Uma vida incompleta
sem eu perceber porquê.
Eu sabia onde Tu estavas.
Eu sei onde Tu estás.
Mas tudo aqui, em baixo,
me tomava a atenção
e eu esquecí-me
de levantar
os olhos,
e de te
procurar.
Achava que me estava a sair bem,
sozinha,
sem Ti, sem ninguém.
Mas quando, naquele dia a vida trovejou,
os meus passos cambaleando se trocaram,
os montes se abalaram, a figueira não floriu,
a Primavera não voltou, e a oliveira mentiu...
Caí!
Os meus
joelhos dobraram,
as lágrimas correram, meu
semblante descaíu e vi finalmente!
Vi! Mas com os puros olhos do coração:
As portas abertas no céu, e o resto da minha vida,
bem segura e protegida
na palma da Tua mão!!



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