Palavras que carinhosamente se reproduzem na alma e
depois repousam, sossegadas na minha mente.
Sobre etéreas pétalas de flores adormecem perfumadas ...
amadurecem e vestem-se de cores divertidas.
E pela minha mão nascem... só para ti.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

decidi partilhar...



"Quero agradecer-Te Senhor, pelo dom da Vida.


Li num lugar qualquer, que os homens são anjos com uma asa só: podem voar, se o fizerem abraçados.


Às vezes, nos momentos de confidência, ouso pensar, Senhor, que até Tu, terias apenas uma asa.


A outra tens-la escondida: talvez para me fazer compreender que até Tu, não queres voar sem mim.


Por isso me deste a vida: para que eu fosse Teu companheiro de vôo.

Ensina-me, então, a lançar-me contigo.


Porque viver não é arrastar-me pela vida, não é dilacerá-la, não é apenas prová-la.


Viver é abandonar-me como uma gaivota ao sabor do vento.Viver é saborear a aventura da liberdade.


Viver é estender a asa, a única asa, com a confiança que quem sabe, ter no vôo, um companheiro, Grande como Tu!"


Don Antonio Bello

Há momentos...


...que as palavras não resolvem, mas ajudam. Quando ficamos sem elas, o melhor é mesmo escutar as que têm para nos dizer. Principalmente se sabemos que nos dizem essas palavras porque se elas ficarem presas lá dentro vão apertar o peito e impedir a respiração e quem sabe, até o bater do coração.


As palavras são apenas palavras, mas é com elas que conseguimos vazar para os outros as nossas emoções, boas ou más, e libertarmo-nos dos fantasmas que nos atormentam nos momentos maus da vida.


É também pelas palavras que podemos receber o consolo e o carinho de uma voz serena. É pelas Suas palavras que ouvimos o que Deus tem para nos dizer. Por isso, que direito temos nós de menosprezar o valor das palavras?

domingo, 27 de janeiro de 2008

Saborear a vida, todos os dias com um "recheio" diferente

Temos necessidade de parar por um bocado, aquietarmo-nos e reformular as nossas prioridades. Nada mais refrescante e motivador do que acordar com um novo sorriso e uma maneira fresca de enfrenta os desafios da vida.
Mãos à obra.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Esculpir um amigo



Uma noite destas sonhei que um amigo meu me tinha desiludido violentamente. Senti-me frustrada, triste e traída. Mas acima de tudo, senti-me culpada.
Depois de alguns anos a cultivar essa amizade, cheguei à conclusão que ainda não era perfeita. Nem eu, nem a amizade.

É como se dentro daquela pessoa que eu nem conhecia de repente eu tivesse começado a retirar pedaços dela para vir a encontrar no seu interior a forma de um amigo. É como esculpir um ser à nossa medida. Enquanto não se retira o excesso, não se consegue encontrar o que de melhor está naquele miolo.

E eu senti que aquele amigo não tinha sido bem esculpido ainda. Precisava de muito mais trabalho. Não é meu hábito desistir das pessoas. Posso desistir de algumas coisas. Nunca das pessoas.

É só ir esculpindo um pouco mais, ir mais fundo que acabarei por encontrar o amigo perfeito.

Não esqueço, é óbvio, as formas rudes que tinha antes de começar a trabalhar nele. Isso faz parte da construção da nossa amizade. Mas isso tem o seu lugar, bem arrumadinho numa gaveta da biblioteca da minha memória.

Quando finalmente terminar, o resultado será uma pessoa que deixou de ser apenas de si próprio. Será também um pouco minha. Tal como "O desterrado" é de Soares dos Reis, aquela pessoa passou a ser também minha. Os laços que nos ligam serão sólidos e para sempre indestrutíveis.

Não há maior perfeição do que essa. Não é necessária mais perfeição. Um amigo esculpido por ti, com o teu suor e a tua dedicação, por vezes com tanto sacrifício, cedências e frustrações, será a tua obra-prima. Aquilo que aqui mais se assemelha a um anjo: o teu melhor amigo.

Sejamos escultores. Sem pressas. Pacientes. Perfeitos na nossa limitação e felizes apesar de tudo.

Afinal "cativar" é apenas o início...

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

As duas metades do mundo

O mundo divide-se em duas partes: eles e elas, hemisfério norte e hemisfério sul.


E eles estão tão afastados delas como os dois pólos do planeta estão afastados um do outro.


Cada um está virado para o lado contrário do outro. Cada um olha a sua própria metade do universo. Por isso, não admira que vejam coisas diferentes e não encontrem pontos comuns nos seus horizontes.


Mas o que os separa é o mesmo que os une: um imenso espaço único de beleza e fertilidade. Entre eles está literalmente o mundo.


E é assim que quando se dão as mãos e juntam as suas perspectivas, algo de muito inesperado acontece: o Universo completa-se, o mundo faz sentido e a vida renasce.