Palavras que carinhosamente se reproduzem na alma e
depois repousam, sossegadas na minha mente.
Sobre etéreas pétalas de flores adormecem perfumadas ...
amadurecem e vestem-se de cores divertidas.
E pela minha mão nascem... só para ti.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Há pessoas...


Há pessoas para quem o mundo vai mingando, mingando até que um dia se transforma num planeta pequenino com apenas um habitante.


Todos os outros seres gravitam à sua volta. Ocasionalmente iluminam o seu rosto dando-lhe um pouco da sua luz e aquecendo-lhe a alma. Estão seguros. Estão lá. Mas nunca lhe tocam. Não há ligação. Todos os laços foram decepados.


Esse pedaço de ser humano tem então um mundo só para si. Uma verdade só sua e, portanto, irrefutável. Tudo aí é feito de acordo com a sua própria vontade. É apenas seu aquele mundo.


Um dia começa a chover. Faz frio. Um dia a Primavera não chega. As árvores não florescem e não dão fruto.


Ela fica triste e chora. Não pode fazer nada para controlar o tempo.


As suas lágrimas caiem estéreis no chão frio e vazio. Não há ombros para as receber. Não há braços para a abraçar.


No mundo que é seu não há amigos. Não há calor.


Num breve e aterrador instante, quiçá no fim do caminho, essa pessoa percebe finalmente que desperdiçou as Primaveras.


Compreende uma verdade que não sendo sua, é real e dilacerante.


Está só!

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